quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Me aceita, me chama de bonito!


Ai ai Deus, aja estômago para não rir disso tudo. Hoje eu tive o prazer de me deliciar com uma de minhas tias que por vaidade acabou entrando em luta corporal com uma unha postiça, ou como todo mundo diz: “PURTIÇA”. -Coloca só um pouquinho... Eu tinha que colocar essa estupidez de cola super bonder. Resmungava ela, resultado, fica sem o dedo, mas a unha não sai.
O que não fazemos para parecer mais apresentáveis, nos sentirmos bem com nos mesmos? Será que estamos a merce de uma margem de uma tal sociedade capitalista e completamente plástica? Se você automaticamente respondeu SIM, parabéns, consegue ser sincero consigo mesmo. Hoje em dia quem gosta de beleza interior é decorador e muito bem pagos obrigado, você pode ser a pior pessoa do mundo, mas o que você tem vai mostrar qual o seu verdadeiro valor. Drástico? Não! Jamais, eu só costumo dizer a verdade, ou quase sempre.
De uma maneira ou de outra, somos escravos da aparência, hoje mesmo eu fiquei na dúvida de qual perfume eu usaria, automaticamente me dei conta que acordo trinta minutos antes para me arrumar, e as mulheres duas horas e meia antes de mim, quando vamos ter tempo para massagear o cérebro? A massa muscular está dominando a massa cinzenta de tal maneira que a sociedade brasileira não teve tempo para se abismar com tudo isso. A fábrica de KENS E BARBIES foi aberta e lá se vai mais um perdido na academia não por um bom hábito de saúde, mas pra impressionar todo mundo com o seu corpo a la Claud no dragão branco, talvez ele consiga se libertar dessa voracidade pela perfeição que a droga vaidade causa nas pessoas. Não sei como acontece, mas é impressionante o poder que pode exercer.

E cansativo fazer todo esse rodeio depois de observar minha tia com a mão de molho na água, talvez você tenha concordado com o meu pensamento, mas vai continuar a se “embonecar”, não pire se a Barbie mirada atingir uma Suzi, faz parte da vida e da atual situação do seu bolso, eu posso vos falar isso agora, mas amanhã eu posso está junto a eles, sou tão escravos quanto vocês, isso agora faz parte da necessidade humana, então vamos dar as mãos e aguardar na fila a nossa vez, daqui já dá pra ouvir a contemporaneidade gritar: LÁ VAI O PRÓXIMO DOUTOR, MAIS PLÁSTICO E MENOS CÉREBRO!